quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PT: A quem interessa a discussão de candidatura própria em João Pessoa?


A discussão sobre a candidatura própria do PT em João Pessoa vem ganhando destaque estadual. Rodrigo e a bancada “independente” que faz oposição na Assembleia vêm pautando na mídia a necessidade da disputa. Nesse sentido, o fortalecimento do Partido é o estandarte principal, não mostrando o real interesse do bloco.

Porém, qualquer análise nessa temática se torna superficial sem um resgate histórico recente, com algumas questões pontuais que mostram as relações extra-partidárias evidentes, determinantes nas últimas, atuais, e futuras escolhas do Partido dos Trabalhadores na Paraíba.

As eleições 2010 é um marco na relação PT/PMDB em âmbito estadual. Ainda em 2009, Rodrigo Soares chega à presidência do PT com o apoio declarado do então governador José Maranhão, porém, o apoio não se restringiu à declaração, nem aquele recorte temporal.

Ainda naquela ocasião, o que hoje critica de forma aberta e raivosa o governo Ricardo, o então Vice Governador Luciano Cartaxo, aplaudiu em silêncio a gestão “bem sucedida” do “Mestre de Obras”, e sofreu no escuro e amordaçado a histórica punhalada proferida pelo então Deputado Estadual, Rodrigo Soares, que sonhava calado em ser vice na chapa do seu chefe, como a Paraíba é testemunha.

Mudaram os cenários, os discursos, e os projetos políticos pessoais. Os que hoje são independentes, em um passado recente assistiram tudo na dependência do silêncio, demonstrando que a fala raivosa não é uma questão de postura, e sim de circunstância.

Nesse sentido, alguns questionamentos devem ser abordados. Os laços umbilicais entre Rodrigo e Maranhão já se romperam? A quem realmente interessa essa discussão de candidatura? Qual o projeto está em jogo? Luciano já é capaz de ocupar um cargo executivo?

Ao povo cabe as respostas, pois, nessa conjuntura, não sei se esses atores falam ou silenciam.

Um tucano no governo Dilma

O ministro Nelson Jobim (Defesa) detona mais uma vez o governo Dilma, agora na revista "Piauí" que chega às bancas na sexta-feira (5), informa a coluna de Mônica Bergamo,

O ministro Nelson Jobim, da Defesa, solta o verbo mais uma vez, agora na revista "Piauí" que chega às bancas amanhã. Ao se referir às negociações sobre o sigilo eterno de documentos, ele atira no núcleo do governo de Dilma Rousseff. "É muita trapalhada", afirma. "A [ministra] Ideli [Salvatti, das Relações Institucionais] é muito fraquinha". Já Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, "nem sequer conhece Brasília".

Jobim conta também que, ao convidar José Genoino para trabalhar na Defesa, ouviu de Dilma: "Mas será que ele pode ser útil?". Jobim diz que respondeu: "Presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu." O ministro diz ainda que FHC e Lula são sedutores. "Só que de maneiras diferentes. O Lula diz palavrão, o Fernando é um lorde".

www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com

Professor estuda possibilidade de tsunami na Paraíba


“Não estamos deitados em berço esplêndido”. Com esta frase o geógrafo, Paulo Rosa, fez um alerta estarrecedor, tratando da possibilidade de um tsunami (onda gigante) atingir o litoral paraibano.
Professor de Geociências da UFPB (Universidade Estadual da Paraíba), na cidade de João Pessoa, Paulo revelou que em 2007 foi procurado por pesquisadores ingleses que monitoram a atividade vulcânica na Ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, onde o vulcão Cumbre Vieja é o grande motivo de preocupação, já que se entrar em erupção pode provocar um desmoronamento de grandes proporções no oceano Atlântico, resultado em ondas que poderiam “viajar” em uma velocidade de até mil quilômetros por hora (em um ângulo de 360º), atingindo o litoral nordestino, apenas 8 horas após o início da catástrofe.
O aumento da preocupação global com possível desastre é o fato de que nas últimas semanas dezenas de tremores de terra de pequena magnitude vêm ocorrendo nas Ilhas Canárias, podendo, segundo alguns pesquisadores, indicar uma retomada da atividade vulcânica na região.
O Comité Científico do Plano Especial de Proteção Civil e Emergência de Risco Vulcânico, nas Ilhas Canárias (PEVOLCA), se reuniu na semana passada na ilha “El Hierro” para avaliar o aumento da atividade sísmica registada. Para que se tenha uma ideia da seriedade do fato, o Instituto vulcanológico das Canarias enviou uma equipe de especialistas para conduzir um estudo de emissões em toda região, a fim de fornecer informações adicionais sobre essa anomalia sísmica detectada.
Falta de estrutura para pesquisa é maior problema
“Desde 2007 estamos tentando um convênio entre UFPB, Ministério da Ciência e Tecnologia, Marinha do Brasil e Governo do Estado, mas até hoje nada aconteceu”, desabafa o professor, que torce para que o governador, Ricardo Coutinho, busque o governo federal para viabilizar uma estrutura que possa monitorar as marés.
Rosa alertou ainda que é necessário que seja criado um plano de evacuação das cidades do litoral paraibano para que, no caso de um tsunami, vidas humanas não sejam perdidas. “Imaginemos que esta onda tivesse apenas um metro e a mesma ocorresse em uma maré 2.8, teríamos uma onda de quase 4 metros de altura e a maior parte do litoral paraibano não está mais de 3 metros acima do nível do mar”, avaliou.
O problema é que segundo pesquisas recentes no Reino Unido, as ondas geradas por este desastre podem passar dos 30 metros, mas sobre estes números Paulo Rosa desconversa. “Não posso afirmar nada disso sem dispor do equipamento adequado para que possamos fazer as projeções necessárias. Já houve um caso de ondas de mais de 30 metros atingindo o Canadá, justamente por um deslocamento de terra, mas é impossível fazer esta previsão sobre o Brasil, se não temos a estrutura mínima para os estudos”.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nota do presidente do PT de João Pessoa

Antonio Barbosa Filho - Presidente


A última reunião do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores contou com forte participação dos nossos militantes petistas e foi marcada por um debate de idéias e propostas bastante saudável.
Na qualidade de presidente do Diretório Municipal tenho, por esta razão, a tranqüilidade de ver respeitada aquela tradição maior do PT: a construção conjunta das diretrizes partidárias a partir do embate autêntico de posições plurais, bem como o acatamento da mesma por todos os militantes do partido.
Neste sentido, urge de minha parte explicitar e aclarar para os petistas da cidade de João Pessoa e do estado da Paraíba que a última reunião do Diretório Municipal decidiu por maioria que temos o direito a deliberar com prudência e cautela tanto sobre a proposta de dialogar com os partidos de esquerda, notadamente o PSB, quanto à possibilidade de uma candidatura própria para a prefeitura de João Pessoa nas eleições de 2012.
Durante a reunião quedou evidente a insistência de parte de nossos diretorianos, felizmente a minoria, em aprovar uma Resolução Política em favor de candidatura própria, motivo pelo qual deixaram a reunião, anunciando a criação de um Fórum pela candidatura própria.
A nosso ver, transportar este debate de candidatura própria para um Fórum é uma atitude equivocada que não contribui para a tão desejada unidade partidária, pois o PT tem suas instancias legitimamente eleitas para conduzir esta questão, além do que a estratégia do partido não pode ser imposta e não o será, mas deve ser construída conjuntamente por todas as tendências e grupos internos constituintes do PT em conformidade com as regras e princípios que regem a vida partidária e assim o será.

 Antonio Barbosa Filho
Presidente do DM do PT - João Pessoa

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Peritos analisam ossadas encontradas em Tocantins

O grupo do governo federal responsável por procurar desaparecidos políticos na guerrilha do Araguaia analisará os ossos encontrados ontem em Xambioá (TO). Os peritos querem descobrir se o material pertenceria a um guerrilheiro. Um estudo inicial será feito hoje e, caso sejam identificados indícios, como idade e altura, os ossos serão recolhidos para estudos mais aprofundados. A equipe classificou a descoberta como “frágil”, já que as buscas têm como endereço um cemitério da cidade. As escavações começaram nesta semana. Relatos de moradores dão conta que integrantes da Guerrilha do Araguaia foram enterrados ali depois de serem mortos por homens do regime militar na década de 1970. A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário  que coordena os trabalhos com as pastas de Justiça e Defesa, visitou o local ontem e disse que, antes de virar uma página, o Brasil precisa ler o que está escrito nela, em referência às buscas pelos desaparecidos políticos.

Helena - osamigosdobrasil.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Governadores do Nordeste pedem à presidenta mais investimentos em saúde, educação e estradas

Os governadores do Nordeste pediram à presidenta Dilma mais investimentos do governo federal na região, principalmente em saúde, educação e estradas, durante o encontro em Arapiraca (AL) na segunda-feira (25).
O governador da Ceará, Cid Gomes (PSB), defendeu necessidade de financiamento para a saúde. “A saúde precisa de uma fonte de renda complementar. A saúde é um, se não for o maior, problema das pessoas no Nordeste, em especial os pobres. Acho que o assunto merecia uma atenção especial, principalmente a atenção secundária”, disse.
Já o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PMDB), quer a ampliação da infraestrutura. “É preciso investimentos na educação, em estradas vicinais para escoar a produção, mais saúde. Só assim vamos mudar esses indicadores do Nordeste, que ainda são muitos ruins. Se o governo federal com os Estados focarem no desenvolvimento social, daqui a quatro anos teremos um Nordeste diferente. Mas é preciso a união de governo federal, Estados e municípios”, disse.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), expôs a falta de médicos e enfermeiros na região. “Sei que a senhora está ciente, mas faltam profissionais de saúde no Nordeste. Não adianta falar daquilo que não é verdade. Não temos médicos, enfermeiros para abrir equipes do PSF [Programa de Saúde da Família], e a senhora terá nossa solidariedade para tomar ações nessa caminhada”, disse.
O governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), criticou a dificuldade de obter crédito nos bancos públicos.

Aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília integram Programa de Desestatização

Cumbica em Guarulhos/SP
A presidenta da República, Dilma Rousseff, fez publicar no Diário Oficial da União (DOU), do último dia 22, o Decreto Nº 7.531, incluindo no Programa Nacional de Desestatização – PND (Lei 9491/1997) “o Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, localizado no Município de Guarulhos, o Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado no Município de Campinas, ambos no Estado de São Paulo, e o Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, localizado em Brasília, Distrito Federal”.
Segundo o decreto, “fica a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC responsável por executar e acompanhar o processo de desestatização dos serviços públicos de que trata o art. 1º, nos termos do § 1º do art 6º da Lei no 9.491, de 1997, observada a supervisão da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República”.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

19 DE JULHO DE 2011 – 32 ANOS DA REVOLUÇÃO POPULAR SANDINISTA


(Maurício Tomasoni)

            Companheiros, camaradas, amigos,


             Expresso nas linhas abaixo a minha opinião pessoal. Penso que deveríamos comemorar esta data com atividades mais fortes, mas na falta de tais, não pude deixar ela passar em branco.
             Há 32 anos, num 19 de julho destes, no ano de 1979, triunfava na Nicarágua, sob a direção da FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), a Revolução Popular Sandinista. Verdadeira epopéia do povo nicaragüense, que 47 anos após o assassinato de Augusto César Sandino, General de Homens Livres, crava em território continental de Nossa América a bandeira da soberania, da autodeterminação e da justiça social.
             Triunfava neste dia a FSLN, cujo comandante em chefe Carlos Fonseca Amador, havia sido preso e assassinado pela Guarda Nacional nicaraguense em 1976. Muitas páginas gloriosas escreveu a FSLN desde sua fundação no ano de 1962, passando pela trajetória de combates no campo militar e político, até a tomada do poder em 1979. Também o período posterior de enfrentamento contra a reação capitaneada por Washington desde Honduras. Passaram dias nebulosos com a derrota eleitoral de 1990 e os conseqüentes revezes nas eleições posteriores até o ano de 2006, quando a FSLN ganha o pleito e retorna ao governo.
             Ocorreram profundas mudanças com a queda da União Soviética e do campo socialista do Leste Europeu, tanto a nível político quanto ideológico. Estas mudanças influenciaram todos os processos políticos revolucionários, inclusive no Brasil. Perdíamos um referencial e apoiador das lutas anti-imperialistas e de libertação nacional. Isso influenciou, também, o processo nicaragüense.
             Com a vitória eleitoral da FSLN, Daniel Ortega Saavedra, primeiro presidente eleito da Nicarágua pós-ditadura somozista nas eleições de 1984, retoma o mando nacional. Neste ano de 2011, em novembro ocorrerão novas eleições nas quais a FSLN já aprovou em seu congresso a candidatura de Daniel para um novo mandato.
             Ao lado de processos revolucionários tão intrincados, complicados, semelhantes e dessemelhantes entre si como os de El Salvador, Guatemala, Peru e Colômbia, o da Nicarágua guarda algumas peculiaridades. Era Nicarágua na época do triunfo revolucionário a economia mais débil da América Central, com relações econômico-sociais atrasadas. Não havia uma indústria nacional, pois era interesse do imperialismo manter seu domínio através da mais profunda dependência. Era Nicarágua dominada por uma banda contra-revolucionária de 14 famílias. Havia sido invadida por duas vezes pelos “marines” norte-americanos. Era Nicarágua governada pela ditadura de Anastácio Somoza Debayle e sua Guarda Nacional, uma polícia política e militarizada que havia assassinado a Sandino e milhares de nicaragüenses num dos regimes mais cruentos que já passaram pelas nossas terras latino-americanas, perdendo em níveis de repressão e assassinatos somente às ditaduras militares e as militares de fachada civil salvadorenha e guatemalteca. Esta polícia era treinada e assessorada pelos pela CIA e pelo Pentágono. Somoza era o fiel guardião dos interesses “yankees”.
             Com a FSLN no poder, em 1979, um partido com um imenso apoio popular e com uma grande solidariedade internacional, o imperialismo norte-americano através da CIA (Agência Central de Inteligência) e do Departamento de Estado dos EUA, tratou de modificar sua tática. Passou, a partir do território hondurenho, a treinar e organizar mercenários vende-pátrias de várias nacionalidades e ex-guardas nacionais que haviam fugido da Nicarágua. Criaram-se uma série de agrupamentos contra-revolucionários, cada qual com seus interesses difusos tentando restabelecer a ordem somozista. Os EUA tentavam buscar articular estes grupos ou mesmo para que eles fizessem operações conjuntas. Genericamente ficaram conhecidos como “contras”. Estes agrupamentos, juntamente com operativos norte-americanos causaram enormes danos à economia e a infra-estrutura do país, além de baixas na população civil. A movimentação da “contra” baseava-se justamente numa tática em que mesclava intimidação da população civil através de massacres seletivos, semeando o terror, assassinato de lideranças sandinistas, danificação da infra-estrutura nacional e da economia.
             A FSLN resistiu por 10 anos a uma política extremamente agressiva financiada e dirigida a partir de Washington, graças às fileiras da Frente, ao povo nicaragüense e à solidariedade internacional vinda de todos os continentes. Gozava a Frente de um prestígio muito grande. Mas há que se registrar, também, por sua importância central, o apoio econômico e militar da União Soviética, dos países socialistas do leste europeu e de outros países socialistas. Este apoio foi decisivo para a Nicarágua se manter econômica e militarmente. Todo este tempo em guerra causou cicatrizes imensas.
             Em 1990 ocorrem as eleições, as quais são vencidas por Violeta Chamorro da UNO (Unión Nacional Opositora). Foi um duro revés para a FSLN. Fundamentalmente podem se apontar várias razões para esta derrota eleitoral, contudo não se pode simplificar tais razões. As simplificações aparentemente explicam. Por isso, às vezes as explicações “fáceis” servem para consolar os dogmáticos e simplificadores. Alguns passaram a apedrejar a FSLN como única responsável pela derrota eleitoral, “esqueceram” que o inimigo era a potência militar mais poderosa do planeta. Uma série de razões pode ser elencada, mas a derrota eleitoral foi fruto de quase três décadas de guerra popular e de agressão imperialista. Um país agredido e com sua economia devastada. Os EUA apoiaram a candidata Violeta, a qual tinha como lema: “comigo a paz, com os sandinistas a guerra”. Os EUA fizeram declarações nas quais diziam que com Violeta seria cessado o apoio à contra e não mais haveria agressão à população civil.
             Até 2007, quando foi eleito Daniel Ortega, a FSLN persistiu na oposição a seguidos governos neoliberais que buscavam destruir as conquistas da Revolução Sandinista. Em todo este período, como é normal em qualquer organização política, houve dissidências, problemas internos, conflitos, desvios político-ideológicos de alguns militantes, etc.
             Há que se registrar que nenhum processo revolucionário é cópia de outro. Cada um tem suas particularidades diferenciadas. Há que se registrar, também, que não há uma fórmula única para todos os processos. Por isso, há que se entender o processo nicaragüense dentro de um contexto histórico, econômico, político e social.
             A importância da revolução sandinista para todas as gerações de revolucionários e lutadores pela libertação nacional pode ser expressada por vários aspectos. Em primeiro lugar pela ampla participação popular da sociedade nicaragüense nas milícias populares, nas fileiras da FSLN, nas entidades estudantis, de operários e camponeses, no EPS (Exército Popular Sandinista). A FSLN se constituiu na vanguarda política e militar profundamente enraizada no seio do povo nicaragüense, conquistou a confiança das massas, pois defendia efetivamente seus direitos históricos, além de promover a autodefesa do povo contra os massacres da Guarda Nacional somozista. Em segundo lugar, a revolução sandinista guarda outra particularidade, o importante papel jogado pelo movimento estudantil, e, a grande participação das mulheres. Também podemos destacar outro aspecto importante que é o caráter amplo nas relações políticas da revolução e sua solidariedade aos movimentos revolucionários de El Salvador e Guatemala.
             Cremos que precisamos aprofundar nossas relações para conhecer mais a fundo o processo nicaragüense, principalmente a partir do período posterior à derrota eleitoral de 1990 até os dias de hoje. Há algumas avaliações extremamente superficiais, e algumas, inclusive, se baseiam em mentiras disseminadas pela grande mídia.
             Rendemos aqui uma especial homenagem aos heróicos combatentes sandinistas caídos em combate ou assassinados pela ditadura somozista, entre tantos, citamos Carlos Fonseca Amador, Leonel Rugama, Júlio Buitrago, Camilo Ortega Saavedra, Arlen Siu, José Benito Escobar, René Tejada Gómez, Faustino Ruiz, Rigoberto Lopez Perez, German Pomares Ordoñez, Jorge Navarro.
             Aproveitamos, também, para expressar nossa confiança no presidente da república, companheiro Daniel Ortega Saavedra, e, torcemos para que nas eleições de novembro o povo nicaragüense continue aprofundando esta sua obra: a Revolução Popular Sandinista. Também, nossa confiança na FSLN.

           
VIVA SANDINO!
VIVA DANIEL ORTEGA!
VIVA A FSLN!
VIVA A REVOLUÇÃO POPULAR SANDINISTA!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Diretório municipal do PT aprova por unanimidade resolução que indica aliança com Agra em 2012

Reunidos na noite desta quinta-feira (21) membros do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, em João Pessoa, aprovaram por unanimidade resolução que prioriza aliança com o prefeito da Capital Luciano Agra (PSB) no pleito de 2012.

Segundo entendimento dos 19 membros presentes no encontro, priorizar a aliança com Agra e partidos que integram a base do governo Dilma em 2012 será o melhor caminho para a legenda. Presentes na reunião, Luciano Cartaxo, Anísio Maia e Anselmo Castilho, que defendem candidatura própria do Partido dos Trabalhados, abandonaram o encontro por discordarem do entendimento da maioria e, por esta razão, não apresentaram voto.

A resolução aprovada na noite de hoje diz ainda que os assunto referentes ao pleito do próximo ano só serão discutidos após o congresso municipal no mês de setembro.

Abaixo, a resolução aprovada pelo diretório do PT em João Pessoa:

 Resolução Política
1.                  Os fatos da conjuntura política nacional e estadual exigem que nosso partido mantenha-se atento para defender o projeto de mudanças que o Brasil vivencia desde 2003, com o Governo Lula e que continua com o Governo da presidenta Dilma.
 
2.                  É recorrente o reconhecimento do papel protagonista que o Brasil desempenha no atual cenário mundial, em companhia dos chamados emergentes, como um dos mais importantes membros dos BRICs.
 
3.                  Nossa economia continua demonstrando uma pujança respeitável e perene, longe do que um dia foi chamado de “voo da galinha”. Esta pujança econômica reflete-se em melhor qualidade de vida da população brasileira, embora carregue consigo sinais de ressurgimento da praga inflacionária. Praga esta que conta com o combate implacável e prioritário do nosso governo.
 
 
4.                  Em outro front, as duras medidas tomadas pela presidenta com relação ao Ministério dos Transportes revelam, de forma cristalina, a não tolerância do nosso governo com a falta de zelo com a coisa pública. Ressalte-se que são as investigações dos órgãos de controle do próprio governo a base para as decisões da presidenta Dilma.
  
5.                  Esta atitude determinada e corajosa da presidenta merece o nosso apoio, respeito e aplauso.
 
6.                  Desembarcando em nossa aldeia, na Paraíba temos que, após um início de governo conturbado, em grande medida em razão da herança do governo anterior, o atual governo parece retomar uma agenda cotidiana de maior conforto para o estado e sua população, que sofre com as permanentes e cansativas refregas políticos-eleitorais, que parece não ter fim.
 
7.                  Neste momento, no entanto, o estado e grande parte de sua gente volta a sofrer com as torrenciais chuvas que atingiram todo o território de nossa Paraíba, em especial no litoral e agreste.
 
8.                  O PT de João Pessoa presta solidariedade aos paraibanos e paraibanas que vêm sofrendo com os efeitos decorrentes das fortes chuvas que assolaram o estado nos últimos dias e recomenda a todos os seus filiados (as) que participem das campanhas de iniciativa dos órgãos governamentais e não governamentais, em prol dos desabrigados e desalojados pelas consequências das chuvas que atingiram vastas porções do território do nosso estado.
 
9.                  Em João Pessoa, estamos representados no governo municipal, cedendo alguns dos nossos melhores quadros e a nossa experiência partidária, na construção de políticas públicas para o desenvolvimento de nossa Cidade.
 
10.              Acreditamos que o momento é de orientar nossos filiados e filiadas que detêm cargos no governo municipal para que busquem aprofundar e acelerar a implantação de políticas públicas fundadas nos princípios petistas, centrados na ampliação da participação popular, da transparência, do rigor e zelo com os recursos públicos e compromissados com a melhoria de vida dos mais necessitados, em especial com a geração de emprego e renda.
 
11.              Em relação às eleições 2012, na hora adequada este Diretório convocará os fóruns de debates necessários, em consonância com a agenda que será estabelecida pela nossa Direção Nacional, priorizando o debate com os partidos hoje aliados do PT e do Governo de nossa cidade.
 
12.              Por fim, mas não menos importante, conclamamos os filiados e filiadas a engajar-se na discussão sobre a Estatuinte do PT, um debate fundamental para o futuro do nosso partido.
 
 
João Pessoa, 21 de julho de 2011.


PT derruba tese de candidatura própria e Rodrigo Soares sai de reunião


Por 19 x 02, eles decidiram que a discussão tem como prioridade aliança com Luciano Agra.

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em joão Pessoa realizou reunião na noite desta quinta-feira (21) e derrubou a tese de candidatura própria da legenda em 2012.

Por 19 x 02, os petistas decidiram que a discussão de candidatura acontecerá no próximo ano priorizando alianças com partidos de sustentação do governo de Luciano Agra na Capital.

A decisão não agradou aos aliados do presidente estadual do partido, Rodrigo Soares, e o deputado estadual Luciano Cartaxo que abandonaram a reunião.

O petista Júlio Rafael afirmou que a tese de candidatura própriam defendida por Rodrigo e Cartaxom não se sustenta e disparou. “o que eles defendem para João Pessoa não defendem em outros municípios como Bayeux e Santa Rita”.

Mais PB  

domingo, 1 de maio de 2011

O dia em que nada houve!

Chego à cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, linda, dia maravilhoso, sol e muita gente bonita circulando pela orla marítima. Casais de mãos dadas passeando e crianças andando de bicicleta, patins e skat. Passei pela porta de alguns sindicatos, passei enfrente da sede do PT Estadual e Municipal, achei estranho, não vi nada que lembrasse que hoje é o dia do trabalhador, e que o Partidos dos Trabalhadores, através de seus dirigentes nada planejaram. É triste saber que o dia mais importante no calendário, para o trabalhador, o DIA DO TRABALHADOR, até o partido que se formou pelos trabalhadores e tem como liderança maior, justamente um trabalhador, um ex-metalúrgico, um líder sindical. Nada fez e nada faz, mudança de postura, resgatar as origens tem que ser um compromisso de todo o militante e filiado PT, tem que ser uma obrigação do dirigente partidário, que certamente da comodidade de seu IPhone ou smartsphones quaisquer, acha que com uma tuitada aqui, outra acolá engana-se uma nação.
Deixar o sabor de uma sala com ar refrigerado para marchar junto da classe trabalhadora, parece que é coisa que só veremos nos livros, será uma doce lembrança de lutas e conquistas, mas vem aqui um alerta: Espaço deixado vago, da a oportunidade de ser ocupado por outro, a direita esta se organizando, criando novo partido, busca fôlego se travestindo de socialista e sociais democratas. Grupo formado pelas mais astutas das raposas.
Com meu filho vou comemorar o dia do trabalhador, com alguns companheiros estarei celebrado esse que é o dia mais especial e representativo,  o 1º de Maio, DIA DO TRABALHADOR.



terça-feira, 26 de abril de 2011

Movimentos Sociais x Partidos Políticos


A Agência Brasil publicou mais um trecho da entrevista do ministro Gilberto Carvalho, que é o responsável por estabelecer o prenuncio do governo federal com os movimentos sociais, e admito minha preocupação com o diagnóstico apresentado dando conta que o governo não tem como atender as demandas dos movimentos sociais. Não basta ao ministro tecer elogios e dizer que os movimentos sociais investiram muito mais na formação de seus quadros e que por isso têm uma qualificação muito superior aos dos partidos políticos que nada fizeram ao longo das últimas décadas na formação política e ideológica. Alguns partidos políticos mantêm fundações exatamente para isso, ou seja: a formação de quadros e a preservação da história e o registro de sua longa caminhada, resgatando valores éticos e morais, quando são partidos comprometidos com o bem da sociedade e não de alguns aclarados.
Mas Gilberto Carvalho tem que explicar para a sociedade que tal analogia é completamente descabida para o momento, e, eu explico minha posição. Se não dá pra atender às demandas dos movimentos sociais por entender que existe uma carência orçamentária, como entregar nas mãos de partidos políticos pastas ministeriais com um volume de orçamento volumoso, se os partidos não acompanharam a evolução tanto quanto os movimentos sociais? Quando a sociedade entender o verdadeiro valor de seu voto e não negociar em troca de tijolos, sacos de cimento, contas de água e luz pagas, ai sim será e estará acontecendo no Brasil a verdadeira revolução democrática, de fundo eminentemente social e amplamente inclusiva, mas partidos políticos são e serão sempre necessários, mas não tanto quanto os movimentos sociais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Redes Sociais e a juventude.

Recentemente, mais precisamente no dia 13 de Abril de 2011, estratégicamente às 13 horas e 13 minutos o partido dos trabalhadores da Paraíba relançou seu site, www.ptparaiba.org.br , informou também a criação de perfis em vários outros sites, como: Facebook, orkut e etc., é uma boa iniciativa, esperamos que através desses instrumentos de comunicação e inclusão digital o PT possa alcançar essa juventude ray tech que esta dispersa e sem orientação, é preciso muita responsabilidade na construção de um caminho que prevaleça esses milhares de jovens que não viveram os anos de chumbo e nem tão pouco, têem em seus livros de história algo que diga o que é um movimento de resistência e luta democrática contra o autoritarismo.
Precisamos saber nos comunicar com essa geração e formar novas lideranças, renovar para crescer, consolidar e transformar nosso futuro. Só com o surgimento de novas lideranças, extraídas das fábricas, lavouras, comércio, escolas, igrejas e etc., poderemos enxergar uma luz no fim do túnel e mantermos a esperança de um partido forte, coeso, determinado a ser o grande protagonista na revolução que precisa ser feita na Paraíba.
Por essa iniciativa, mantenho a esperança de ver nvos tempos e saudo a direção partidária e todos os filiados do PT.
Um novo tempo! Uma nova esperança!



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Jana Sá: "39 anos da Guerrilha do Araguaia: não esquecer jamais"

Passados 39 anos da eclosão da Guerrilha, uma homenagem aos resistentes, democratas e patriotas, em especial ao meu pai, Glênio Sá, que corajosamente viveram a energia utópica de seu tempo e que compõem o seleto rol dos agentes ativos da construção do sistema de liberdades vigente.

Por Jana Sá, jornalista

O direito à informação é uma das liberdades fundamentais de todo ser humano. Desse princípio decorre o direito do público de conhecer fatos e opiniões, em particular os acontecimentos que lhe afetam diretamente a vida, que têm efeitos políticos, econômicos e sociais, que legitima democracia na sociedade e, do qual, decorrem os deveres do Estado.

No entanto, faça o que eu digo, mas não o que faço deveria ser o lema daqueles intitulados guardiões dos cidadãos. As suas pregações são uma inversão, em toda linha, da práxis da atividade. Todos os princípios, todos os valores, todos os ideais cultivados e pregados ao longo dos tempos são, sem hesitação nem dores de consciência, postos por terra quando observado a sua aplicabilidade. Democracia, direitos humanos são instrumentos de barganha, recurso de propaganda.

Uma tentativa de apagar os vestígios que as classes populares e os opositores vão deixando ao longo de suas experiências de resistência e de luta, num esforço contínuo de exclusão da atuação desses sujeitos na história.

Faz-se necessário, então, como afirma Marilena Chauí citada no livro Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964 “desvendarmos o modo como o vencedor tem, ao longo dos tempos, produzido a representação de sua vitória e, sobretudo, como a prática dos vencidos participou desta construção”.

Tal é o caso da Guerrilha do Araguaia, cujo percurso é tão sinuoso quanto o do rio que lhe empresta o nome. Movimento guerrilheiro de contestação política ao Regime Militar, concebido, planejado, organizado e dirigido pelo Partido Comunista do Brasil, entre os anos de 1966 e 1975, no sul do Pará, a Guerrilha é hoje evocada sempre que se trata de passar a limpo a história do país e iluminar os porões do Regime Militar.

Em três décadas, a Guerrilha do Araguaia foi indexada em milhões de páginas por inúmeras reportagens, estudos, pesquisas e, a cada ano, novas revelações incrementam a curiosidade persistente em torno do tema. Informações que não revelam todas as verdades sobre o movimento, já que para isso seria necessária a abertura dos arquivos do Exército, mas que atestam a derrota mais profunda da história oficial que, em mais de 500 anos da formação do povo brasileiro, tratou de obscurecer incontáveis lutas, menosprezadas como episódios sem significação que firmariam a passividade como conceito diante da tirania e da desigualdade.

Assim, o discurso sobre o movimento que a princípio foi formalmente proibido, mais tarde esquecido ou banalizado como apenas mais um exemplo daquilo que seria a vocação para o fracasso da esquerda brasileira, ressurge agora sob nova perspectiva. Novas descobertas e fatos, como a chacina de 17 castanheiros e a recente prisão do Major Curió durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura, situa-o como movimento incontestável.

Passados 39 anos da eclosão da Guerrilha, uma homenagem aos resistentes, democratas e patriotas, em especial ao meu pai, Glênio Sá, que corajosamente viveram a energia utópica de seu tempo e que compõem o seleto rol dos agentes ativos da construção do sistema de liberdades vigente.

O regime do medo que sustentava o passado não pode servir de desculpa no presente democrático, que as novas gerações, então, não esqueçam que a luta pela democracia e pela liberdade é o que fortalece a sociedade.