A discussão sobre a candidatura própria do PT em João Pessoa vem ganhando destaque estadual. Rodrigo e a bancada “independente” que faz oposição na Assembleia vêm pautando na mídia a necessidade da disputa. Nesse sentido, o fortalecimento do Partido é o estandarte principal, não mostrando o real interesse do bloco.
Porém, qualquer análise nessa temática se torna superficial sem um resgate histórico recente, com algumas questões pontuais que mostram as relações extra-partidárias evidentes, determinantes nas últimas, atuais, e futuras escolhas do Partido dos Trabalhadores na Paraíba.
As eleições 2010 é um marco na relação PT/PMDB em âmbito estadual. Ainda em 2009, Rodrigo Soares chega à presidência do PT com o apoio declarado do então governador José Maranhão, porém, o apoio não se restringiu à declaração, nem aquele recorte temporal.
Ainda naquela ocasião, o que hoje critica de forma aberta e raivosa o governo Ricardo, o então Vice Governador Luciano Cartaxo, aplaudiu em silêncio a gestão “bem sucedida” do “Mestre de Obras”, e sofreu no escuro e amordaçado a histórica punhalada proferida pelo então Deputado Estadual, Rodrigo Soares, que sonhava calado em ser vice na chapa do seu chefe, como a Paraíba é testemunha.
Mudaram os cenários, os discursos, e os projetos políticos pessoais. Os que hoje são independentes, em um passado recente assistiram tudo na dependência do silêncio, demonstrando que a fala raivosa não é uma questão de postura, e sim de circunstância.
Nesse sentido, alguns questionamentos devem ser abordados. Os laços umbilicais entre Rodrigo e Maranhão já se romperam? A quem realmente interessa essa discussão de candidatura? Qual o projeto está em jogo? Luciano já é capaz de ocupar um cargo executivo?
Ao povo cabe as respostas, pois, nessa conjuntura, não sei se esses atores falam ou silenciam.
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