A Agência Brasil publicou mais um trecho da entrevista do ministro Gilberto Carvalho, que é o responsável por estabelecer o prenuncio do governo federal com os movimentos sociais, e admito minha preocupação com o diagnóstico apresentado dando conta que o governo não tem como atender as demandas dos movimentos sociais. Não basta ao ministro tecer elogios e dizer que os movimentos sociais investiram muito mais na formação de seus quadros e que por isso têm uma qualificação muito superior aos dos partidos políticos que nada fizeram ao longo das últimas décadas na formação política e ideológica. Alguns partidos políticos mantêm fundações exatamente para isso, ou seja: a formação de quadros e a preservação da história e o registro de sua longa caminhada, resgatando valores éticos e morais, quando são partidos comprometidos com o bem da sociedade e não de alguns aclarados.
Mas Gilberto Carvalho tem que explicar para a sociedade que tal analogia é completamente descabida para o momento, e, eu explico minha posição. Se não dá pra atender às demandas dos movimentos sociais por entender que existe uma carência orçamentária, como entregar nas mãos de partidos políticos pastas ministeriais com um volume de orçamento volumoso, se os partidos não acompanharam a evolução tanto quanto os movimentos sociais? Quando a sociedade entender o verdadeiro valor de seu voto e não negociar em troca de tijolos, sacos de cimento, contas de água e luz pagas, ai sim será e estará acontecendo no Brasil a verdadeira revolução democrática, de fundo eminentemente social e amplamente inclusiva, mas partidos políticos são e serão sempre necessários, mas não tanto quanto os movimentos sociais.
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